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domingo, 1 de abril de 2018

Coisas de escola

Se tem uma coisa que gosto é de assistir a um bom filme, Ah um filme, que coisa boa. Acabei de assistir um desses que nos faz pensar na vida e no que estamos desenvolvendo no contexto de nossa rotina profissional. O filme para quem tiver curiosidade, chama-se "A língua das mariposas", de José Luis Cuerda (Espanha, 1999).
Este filme me fez lembrar de minha época do ensino fundamental em 1986. Eu encarava 5ª série no Centro Educacional "12 de Outubro", meu primeiro ano em uma Escola particular e obviamente que a rotina era muito mais desafiadora (mais cobranças em casa e na escola, mais tarefas tarefas, mais disciplinas para estudar, etc.), enfim, era um novo mundo assustador.
Tínhamos um professor de matemática chamado Roma que era "o cara", por se destacar dentre os demais, a semelhança do professor Don Gregório do filme. Por outro lado, havia um outro professor de desenho geométrico (DG) que era o oposto, uma personalidade totalmente (....) entre outros adjetivos.
Pois bem, este professor de DG havia dado notas baixas a maioria dos alunos de forma sistemática ao longo do ano, deixando muitos de nós para a prova final, inclusive eu. Dizia ele em tom sarcástico: “Alunos, quem ficar de recuperação vai ficar reprovado, portanto estudem”, e de fato muitos colegas ficaram.
Por sorte me safei da reprovação com a ajuda do cara de matemática, que pacientemente e movido unicamente pelo desejo de ensinar, mostrou-nos um método alternativo para a construção da circunferência o qual eu aprendi. Entretanto, tal método era mais complexo que o método ensinado pelo "estocástico" professor de DG.
Pois bem, parti para o tudo ou nada na prova de DG e utilizei o tal método complexo. Dias depois, ao receber a prova de volta após as correções, estava escrito no canto superior direito a seguinte frase, seguida da nota (que ninguém havia tirado): "Bom método, parabéns!"
“A Língua das Mariposas” é um destes filmes que nos faz crer que a humanidade ainda tem chance e que vale a pena investir prioritariamente e a qualquer custo na educação.

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