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segunda-feira, 9 de maio de 2011

O olhar do Artista e o cérebro do Cientista

Desde a idade antiga já se conhecia vários fenômenos ópticos. Os historiadores relatam em cidades antigas como a Assíria já havia a lente de cristal. Na Grécia usava-se a lente de vidro como recurso para se obter fogo. Há também uma descrição sobre espelhos esféricos e parabólicos que se deve a Euclides, o mesmo da geometria plana; contudo os equipamentos ópticos e a compreensão perfeita sobre os fenômenos luminosos se desenvolveram somente a partir da era renascentista, com o aparecimento de maravilhas como os telescópios, os microscópios e é claro, as câmeras fotográficas modernas.
Com o apogeu do método científico, ciências importantes como a fisiologia e a anatomia humana saíram de sua infância para fazer páreo as suas irmãs mais velhas, física, química, biologia e outras. A partir de então, a luz foi sendo sistematicamente dissecada, ampliando geometricamente o conhecimento humano ao seu respeito. Não obstante, a luz ainda hoje causa espanto e encantamento, seja por sua natureza dual onda-partícula, seja pelo poder de dar vida, significado e cor ao universo humano.
Mesmo ignorando todos estes fatos, não há como ficarmos indiferentes ao momento mágico do toque da luz sobre a superfície de um objeto. A interação visual que temos com o mundo, está na dependência direta do intervalo de tempo entre as idas e vindas dos fótons sobre nossa retina. É dessa forma que somos informados não apenas sobre a existência física dos objetos que nos cercam, mas sobre da natureza transcendente destes. Tente você mesmo, basta dedicar alguns segundos olhando, mas não olhando apenas por olhar e sim, olhando com olhos de ver, e logo você se dará conta do poder da luz, ao presenciar a dança das cores incendiando prédios e movimentando planícies.

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