Este é um espaço predominantemente pessoal e familiar, mas não se limita a esta categoria. Tem como proposta fundamental apresentar pensamentos, relatar experiências, propor discussões, criar novas amizades e consolidar as já existentes.

Pesquisar este blog

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Muitas câmeras, um só desejo

Adquiri minha primeira câmera fotográfica aos 22 anos, produto de um investimento proveniente de uma bolsa de estudo na modalidade de iniciação científica. Na época eu era um reles estudante do segundo ano de Biologia, mas com muitas idéias na cachola. A câmera era a popular Yashica mg-motor analógica básica, que utilizava filme fotográfico no formato 35mm (filme convencional comprado nas farmácias da esquina). Possuía um sistema de rebobinação automática do filme e presença de um auto-flash embutido. A lente era uma fixa de 35mm a qual eternizou bons e saudosos momentos.


Fotografar nesta época ainda não era atividade tão digamos assim "corriqueira" entre os amadores. Havia uma limitação crítica, pois no universo dos amadores, só era possível encontrar filmes de 16, 24 ou 32 poses, com ISO de 100, 200 ou 400. Portanto não podia haver desperdícios na hora de clicar, ou o clic saía adequado ou lá se perdia uma pose. Para se economizar, tudo tinha que ser bem planejado e quase nunca se registrava assuntos fora da temática habitual, o retrato com as tradicionais imagens posadas.
     Deste modo havia a apreocupação do aproveitamento máximo do filme fotográfico, no sentido de registrar pessoas queridas, amigos, parentes, geralmente em eventos sociais, passeios e ocasiões muito específicas. Em outras palavras, o cotidiano da vida como ela é, passava despercebido as lentes amadoras.
Além de termos que comprar os filmes, gastava-se com as revelações. Quem era dessa época lembra que durante o intervalo entre o ato de clicar até a revelação do filme, a ansiedade era de matar, restando apenas a imaginação de como poderiam estar aquelas fotos preciosase caras. Era comum ficar torcendo para “prestar” uma determinada pose ou um rolo de filmes trabalhosamente utilizado. Junto com a câmera, levávamos aquelas bobinas pretas com rótuos amarelos na parte externa, como se fosse ouro.
Antes de 1997 meus clics eram muito escassos e quase inexistentes, pois eram realizados em câmeras emprestadas de tios e tias. Na maioria das vezes, as fotos em que eu “saía”,  eram de clics esporádicos. Ironicamente, hoje eu possuo três câmeras e continuo raramente a "sair" nas fotos.
Permaneci com a yashica até o início de 2002, ano em que adquiri uma outra câmera analógica, dessa vez uma Tron LCD Zm, cuja objetiva oferecia um zoom óptico de 35 - 60 mm. Oferecia os recursos de auto-flash embutido e redutor de olhos vermelhos, além de um contador digital de foto. Havia também a possibilidade de se incluir o dia,mês e ano no fotograma.

Após muitos e felizes clics, passei a câmera em frente, ocasião em que comprei a minha primeira câmera fotográfica digital (em 2006), uma Mitsuca DC7328BR de 7.0 megapixels, com auto-flash embutido, funcionamento a pilha e retro-tela de LCD com 3.0 polegadas. Oferecia um zoom de 3x equivalente a 34-102mm e f.5.8-17.4. Uma verdadeira jóia a qual ainda hoje, a utilizo, sobretudo, devido a sua praticidade e discrição.
Finalmente após longa reflexão "filosófico-financeira", resolvi comprar a minha primeira câmera DSRL, uma Canon t1i, também conhecida como 500d ou Kiss.  No dia 27 de agosto de 2009 foi um dia memorável, pois nas minhas mãos estava aquelaa maravilha e misteriosa tecnológia, com múltiplas funções.
    Lentamente com o manuseio a e prática fui adquirindo o conhecimento mínimo necessário para operá-la satisfatoriamente. Em seguida, fui dominando algumas técnicas fotográficas, até que finalmente, comecei a utilizar razoavelmente aquela recém-chegada belezinha.





    Mas como sabemos, homem é um eterno insatisfeito, logo surgiram outras necessidades, as quais a T1i já não era capaz de atender plenamente. Foi então que entrou em cena a canon 7d. Adquiri essa preciosidade em 21 de março de 2011, contudo, entre a Ti1 e a 7d, vieram algumas objetivas, outros tantos filtros,  acessórios diversos, revistas, livros, cursos e o que parecia apenas uma brincadeira despretensiosa, foi ganhando status de “passa-tempo sério”, aliá, é a classificação atua dassa minha paranóia.







       Após todas essas experimentações, ficou uma pergunta: Onde isso vai parar? Uma coisa é certa: chega de acessórios e câmeras por um bom tempo. É lógico que a verdadeira diversão só tem brilho quando não nos tornamos reféns da tecnologia. Precisamos abandonar a inclinação compulsiva de  tentar acompanhar os últimos lançamentos tecnológicos. Eu, particularmente, precisei trilhar este caminho para que finalmente, pudesse encontrar a paz e poder defrutar plenamente da satisfação de brincar com a luz.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário