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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Capturando luz

 


E então os sensores eletrônicos chegaram até nossas mãos substituindo os filmes de 35 mm como o fogo roubado dos deuses. Esse presente precioso permitiu com que nós, entusiastas mortais, trouxéssemos ao mundo novas concepções, destruindo e reconstruindo paradigmas, minando vaidades e ao mesmo tempo incomodando e alegrando muita gente. Neste contexto, pergunto-me qual seria meu objetivo? Em primeiro lugar busco meu prazer incondicional. Portanto, capturo luz para mim mesmo como uma terapia do sossego. Aquele lápso de tempo entre o enquadramento da imagem e o pressionar do obturador é sem dúvida uma experiência mística cujo os olhos de Deus pegamos emprestado. Neste exercício de reflexão e satisfação pessoal, definitivamente não há pretensões de lucro ou aspirações de destaque no meio artístico. Em segundo lugar vem o desejo de mostrar as pessoas queridas, amigos e familiares o quanto o mundo pode ser mais interessante do que supomos. Seja como for, fotografar requer concentração, inspiração, desejo, atenção aos detalhes finos, percepção das coisas simples a partir de um olhar filosófico do Universo o qual pertencemos. Fotografar é, sobretudo, uma brincadeira divertida e contagiante. Em fim, fotografar é poesia, é ter algo a dizer e dizê-lo, com humildade e resiliência. Um brinde aos sensores eletrônicos.



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