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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ufologia: Ficção ou Realidade ?


 A Ufologia é a ciência que investiga a existência de vida extraterrestre e fenômenos correlatos, tais como os controvertidos objetos voadores não identificados. Em agosto de 1985 no auditório da Embratel em Belém, ocorreu um evento que jamais esqueci. Eu e meu primo André Malcher de Almeida, ambos com 11 anos de idade, saímos daquele evento maravilhados e com muito assuntos para contar. Meu pai sempre manifestou interesse sobre Ufologia, chegando a reuniu uma interessante coleção de recortes de jornais e revistas sobre reportagens relacionadas aos objetos voadores não identificados ou OVNI.
       O referido evento exibiria um filme constituído de uma coletânea de vários documentários e registros sobre evidencias da presença alienígena entre nós, seguida de relatos de autoridades no assunto e de pessoas convidadas que tiveram contatos imediatos, portanto tratava-se de uma sessão restrita e direcionada a Ufologistas. Porém, meu pai ao tomar conhecimento, deu um jeito de participar e ainda por cima, conseguiu mais duas entradas, garantindo a presença das duas únicas crianças no evento. Embora meu pai nunca tenha sido ufologista de verdade, seu entusiasmo sobre o assunto o credenciva a realizar tais proezas "heróicas e misteriosas".
  Falar sobre Ufologia requer certa dose de coragem, pois em geral, provoca sentimentos que variam do mais sincero encantamento, a mais completa repugnação. Evidentemente que a Ufologia não constitui uma ciência propriamente dita, contudo, na medida do possível, ela faz uso de critérios científicos para empreender sua investigação e elaborar suas explicações a cerca dos fenômenos que potencialmente evidenciem a existência de vida inteligente extraterrestre.
  Com o fim do acobertamento das informações oficiais sobre OVNI a partir da campanha “Ufos, liberdade de informações já” trilhada pelos Ufologistas em todo o Brasil, a Ufologia começou a ganhar maior visibilidade e credibilidade junto a opinião publica, sobretudo, entre a intelectualidade universitária. Obviamente que diante do status quo, convém mantermos a postura cética, tratando este assunto com cautela e bom senso, mas por outro lado, conservando a mente aberta, estando sempre atento ao charlatanismo ludibriador, ao dogmatismo preconceituoso e ao misticismo mutilador que tanto empobrece a grandeza do espírito humano, a exemplo do clero católico que se recusava sistematicamente a enxergar as evidencias do heliocentrismo, mesmo observando pistas através da luneta de Galileu, provando que o pior cego é aquele que não quer ver.
  O acesso a documentos sigilosos arquivados em órgãos civis e/ou militares foi garantido pela a medida provisória 228 de 2004, visando a normatização dos trâmites legais e a compatibilidade entre o inciso 33º do Artigo 5º da Constituição. Após a aprovação na Câmara dos deputados, a MP 228/04 foi enviada ao Senado e aprovada sem modificações. Em seguida, foi sancionada e ratificada pelo presidente Lula, transformando-se na Lei 11.111 em 05 de maio de 2005.
  Esse fato foi uma grande conquista para a Ufologia nacional, proporcionando mais oportunidade para sua credibilidade metodológica de investigações. Com o acesso aos registros oficiais, o delicado trabalho de separar a ficção da realidade deverá ser mais eficiente e promissor. Neste fértil campo onde os fatos facilmente se confundem com fraudes e fenômenos naturais, as informações sobre avistamentos multiplicam-se pelo mundo todo engrossando o caldo das especulações. Contudo, cabe aqui a pergunta: Estaríamos de fato sós no universo? Porque diante da imensidão do espaço sideral, com bilhões de bilhões galáxias e estrelas, apenas nosso modesto planeta teria o privilégio de possuir condições favoráveis à evolução de vida inteligente?
      Recordemos quatro casos famosos da literatura ufológica mundial: a) O Caso Roswell: sugere a queda de uma nave alienígena no deserto do Novo México (EUA) em 2 de julho de 1947 incluindo a captura de seus tripulantes os quais são mantidos conservados para estudos; b) Operação Prato: implementada pela aeronáutica com a intenção de investigar o pânico generalizado que tomou conta da Ilha de Colares, PA em 1977, fenômeno que ficou popularmente conhecido como “o chupa-chupa”, em referência a luz misteriosa vinda do céu e que atingia os moradores deixando queimaduras na pele sem paralelos na literatura médica; c) O caso ET de Varginha: ocorrido em 20 de janeiro de 1996, quando criaturas humanóides foram vistas num terreno baldio, somando-se a luzes avistadas por várias testemunhas nos céus da cidade de Varginha, MG, o que mobilizou o comando do exército e vários orgãos oficiais do estado; d) A noite dos OVNI: ocorrida em 19 de maio de 1986 quando um grupo de caças da força aérea brasileira foram acionados com a missão de perseguir luzes misteriosas nos céus do Rio de Janeiro e Goiás. Esta operação foi confirmada com a declaração do ministro da aeronáutica Moreira Lima que admitiu publicamente o ocorrido através de entrevista coletiva junto a imprensa.
  Diante destes episódios inexplicáveis sob a óptica de nosso conhecimento acumulado dos fenômenos naturais, aceitar a possibilidade da existência de vida extraterrestre é algo que a humanidade ainda não está psicologicamente preparada, pois abalaria violentamente a estrutura de nossos valores sociais e a base de nossas convicções religiosas, abrindo precedentes para conseqüências imprevisíveis na ordem mundial. Aliás, este é o principal argumento que as autoridades usam para justificar o sigilo absoluto das evidências incontestáveis sobre a existência do chamado “tráfego hotel”, ou seja, a presença dos OVNI de origem extraterrestres.
Ademais, se considerarmos a possibilidade matemática de que pelo menos 1% de todos os registros documentados na literatura Ufologia mundial tenha casuísticas realmente extraterrestres, isso já seria suficiente para causar uma verdadeira revolução cultural. Neste sentido, muitos cientístas já admitem a possibilidade de vida extraterrestre inteligente e a NASA há algumas décadas vem desenvolvendo projetos para investigação de ETs. Não há dúvida de que a comunicação com uma civilização extraterrestre seria a maior revolução que a humanidade poderia experimentar ao longo de toda a sua história e as nações disputam silenciosamente para ver quem chega primeiro.
     Não obstante, enquanto esse dia não chega, esqueçamos por alguns minutos nossos dramas pessoais e compromissos profissionais para dedicarmos apenas alguns minutos a uma breve espiada no firmamento durante uma límpida noite de verão. Se não obtermos a emoção fortuita de avistar um OVNI, ainda assim já teremos logrado êxito se percebermos o quão pequenos e indefesos somos diante da imponente e descomunal grandiosidade do universo. Cabe aqui uma interpretação sugestiva para as palavras do Cristo na sua celebre frase bíblica: "na casa de meu pai há muitas moradas".

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